
Fiz o meu primeiro triatlo sprint no Feldmarksee, em Sassenberg, Münsterland, em 2006. Era um lago de água doce quente que tinha de ser atravessado a nado de um lado para o outro, 26 quilómetros de bicicleta pelo campo de Münsterland, seguidos de 5 quilómetros de corrida em caminhos florestais à volta do lago. Muitos agricultores sentavam-se com as suas famílias em frente às suas quintas ao longo da estrada e apoiavam-nos. Era um ambiente muito familiar nos dias de competição, o que, naturalmente, mudou ao longo dos anos.
De regresso em Portugal, eu queria mesmo continuar. Inscrevemo-nos, eramos três amigas, no nosso primeiro triatlo em Oeiras, o tempo estava misto e a água fria. Não fomos para a água antes da prova, pois estava demasiado frio. A água devia estar a 14 graus, pelo menos era o que parecia. Pouco depois da partida, após alguns metros, uma das amigas voltou para trás, desistiu logo. Continuei a nadar com a outra amiga e tentei sobreviver com bruços. Com a flutuabilidade do fato, movia as pernas mais para fora do que para dentro de água e desesperei. Tinha de aprender a nadar crawl corretamente e, por isso, inscrevi-me num curso de natação para adultos e comecei a treinar duas vezes por semana. Muitos anos se passaram desde então e a minha técnica melhorou, mas a transferência para a natação no mar continuou a ser um grande obstáculo. O stress, as ondas e o frio, fizeram-me constantemente mudar para bruços durante as competições. Há uns anos participei num treino experimental na Piscina Oceânica. Quem é que deu o treino? A Bibiana. Gostei muito! Mas ainda não havia swim4fun.
Em 2024, já tinham passado 6 anos desde o meu último triatlo sprint e o meu equipamento já estava na cave. Treinava num clube de fitness bem protegida, com um PT e um treinador de natação, mas sem qualquer ambição desportiva.
Depois apareceu a Ira, cujo nome deve ser mencionado aqui porque a minha vida já deu voltas interessantes por causa dela. Tantas vezes, ela me disse “Isso é para ti! É incrível!” (palavra preferida da Ira) que um dia combinámos encontrar-nos na Praia da Torre, em Oeiras, para um treino de SWOD. Lá reencontrei a Bibiana. Fiquei outra vez encantada com o treino dela e pensei… é isto! … É isso mesmo!
Juntei-me ao W+ e gostei logo do grupo. Todos os sábados de manhã, às 10 horas, íamos e ainda vamos nadar para o mar em Cascais, mesmo no inverno! Mesmo no inverno! Ah, que desafio! Exige superação, mas é possível, e depois sentimo-nos… bem, realizadas, satisfeitas, saudáveis e cheias de energia!
A seguir, tudo aconteceu muito rapidamente. A Ira inscreveu-se no clube swim4fun, e eu também. Experimentei os 2000m no Festival de Treinos Longos e, à exceção dos primeiros sinais de cãibras musculares nas pernas e nos pés nos últimos metros, acabou por ser uma tarefa viável.
Inscrevi-me no triatlo sprint de Oeiras, que foi naturalmente, uma obrigação depois do inverno no mar e finalmente, finalmente, fiz um triatlo como sempre quis – a nadar crawl! Consegui desfrutar do triatlo, desta vez até mesmo a parte da natação… e terminei, muito feliz!
No fim de semana passado estivemos com a swim4fun em Caxias na Open Water Race e foi a primeira vez que fiz 1500 metros de crawl de uma só vez numa situação de competição.
O meu marido perguntou-me hoje: “Porque continuas a treinar? Já fizeste o triatlo.” – “Inscrevi-me no circuito nacional de natação.” 😁
Stefanie Michalke